ao menos amanhã acordas mais tarde, ou quando quiseres.
. .. . .. ........ ...... ... .. ... .
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024
mais água no segundo despejo pra extrair melhor a doçura,
e menos terror nessa passagem dos dias:
não sei se passam pra se chegar nalgum outro,
ou se é assim mesmo, justamente pela passagem das horas.
aqui um recomeço, objetivos traçados: vitória, pra quem nunca o fez!
é assim, e nao é pra já. fica-se bem, num sitio em condições.
e deixe estar, porque um deslocamento é e só pode ser no limite do
esforço? da força. de um foco e de um eco.
chega de sobremesa à noite, pior horário pra essas merdas.
ao menos amanhã acordas mais tarde, ou quando quiseres.
ao menos amanhã acordas mais tarde, ou quando quiseres.
sigo a espera do sei não, as horas passam e nenhum corpo pode limitar essa porcaria.
domingo, 3 de dezembro de 2023
se há ou houve uma linha que cruzei, desconheço
esse limite e quem quer eu tenha visto ali,
mas é inevitável na pele, que sente a transição
e que não é capaz de saltar uma diferença.
tão imensa, sem que os pêlos se arrepiem
no horror que é ou que houve, ou que faz vazio
do próprio frio.
hoje confio, no aguardar.
talvez quem cruze e enxergue esse contorno,
ou que saiba furar uma borda.
alguém que houve
ou que há de vir.
terça-feira, 15 de agosto de 2023
por un camino torcido,
caliente y lleno, de moras en las ramas.
que perforan el dedo tan dulce como puede ser.
tanta gente compartiendo una playa y los granos de arena,
clavado al cuerpo.
aqui me doy cuenta: algo puede tener la duración
de un día completo, o terminar allí en la fase donde comienza un nuevo.
alguna piedra de este edificio, la isla toda tuya, allí incrustada.
vivo, y un pez, con dos ojos en la cabeza, incrustado en la tierra.
como si esperara que un pie le tocara, la piel húmeda, los ojos desde abajo,
mirando al cielo.
terça-feira, 1 de agosto de 2023
pousando conchas na pele
o sal ja seco, e depois de alguns goles de álcool
não sei bem o desenho que proponho ali.
uma foto para o registro e nada mais que tenha vindo antes, e o que sucedeu.
inflando meu maldito eu teatralizado em alguns minutos de encontro,
como se os problemas fossem mesmo questão de hábito,
porque o resto da vida e o médico da família, comprovativo de morada
e o caralho, depois o ordenado vai aumentar e
pronto, o resto da vida é uma vida como a que resta em tanta gente por aí.
agradeço imenso o elogio como me olhas e me trazes comentários e ressaltamentos
dos meus bons traços e os talentos tão disperdiçados na contramão de alguma forma
de fazer dinheiro com isso, de fazer sentido enquanto se perde o mesmo sentido. e tudo,
se perde tudo assim.
eu adoraria o seu sorriso de quem ainda enxerga alguma
de quem prospecta e ainda tem preocupações anteriores aos trinta.
fada da coluna, fada da escapula, me leva embora daqui.
segunda-feira, 31 de julho de 2023
acontece que quase toda imagem me é mais:
o sol no mato, o sol na água, o sol e a sombra dividindo ao meio um espaço.
o rosto se contorcendo e as palavras satisfeitas,
eu assistindo tudo na mais segura distância, me é mais.
eu tomo esse recuo se calhar por algo de preservar a minha qualquer que seja coisa.
e não.
à beira da observação, porque a verdade tátil sobre os fatos me descompõe.
é como se o rio no entre me molhasse mais que o mergulho,
é como se um texto, em si, não fosse o que é,
e sim o que um texto poderia escrever.
quinta-feira, 6 de julho de 2023
também não me ia e se me vem
isso cai
e fica assim boiando na moralidade
porque a falta que me cabe metida ali
preenchendo a lacuna doutra parte
e eu prossigo na profunda tristeza
que é por ser uma pessoa boba
comprando todos os dias pêssegos
e as variações disso
peço desculpas a quem me viu assim
com um fio amarelo na barba
um vinho só pra mim
eu olho pra isso e a imagem é toda
a minha cara
meu receio é você se encontrar
no que sempre foi você
apesar de estar nisso a minha paz
domingo, 18 de junho de 2023
o imenso prazer na praticidade de coisas óbvias e presentes em qualquer banalidade de vida
e também eu só podia sentir falta de tudo tão especificamente indecifrável, a palavra faz me imensa diferença, e sei que a tenho. eu só não a quero usar ou ter de.
eu queria estar do outro lado mas com o pouco do lado daqui, deste lado e nenhum.
não é poesia nem nada, é falta. ou melhor, é nada. esquece.
segunda-feira, 5 de junho de 2023
pergunto ao meu limite a quantidade de café por hoje.
depois é só mesmo respirar lentamente e a rigidez do maxilar,
os dentes cerrados aos poucos se vão sumindo, é assim a desarmonia da cena.
e o lado qualquer disso tudo é que é bonito,
não ter resposta sobre a fronteira e a bobeira.
sem fio que conduz uma dureza de texto,
sem saber minha altura, sem atingir a idade embora eu saiba uma delas por vez.
deixa arrefecer.
domingo, 23 de abril de 2023
quinta-feira, 29 de dezembro de 2022
eu nunca convivi com tanta água e tudo parece querer ruir a qualquer hora dessas.
ou invadido pelo mofo.
eu nunca convivi com tanta dor nas costas e pesos. eu odeio carregar mochila enquanto pedalo.
ou invadido pelo mofo.
eu nunca convivi com tanta dor nas costas e pesos. eu odeio carregar mochila enquanto pedalo.
eu odeio carregar objetos que não me pertencem, mas eu precisava.
por que será que mais apareço enquanto queria o apagamento, não o meu por completo, claro, mas o da superfície daquilo que não é aparente.
antes escrevia (quem?) num exercício desprendido, mas a vida foi distorcendo um lado essencial das coisas; e o olhar para o detalhe na imagem, as vezes, é ensaiado, sabe?
ou seja, não vou falar de outra forma mesmo que de outra forma, odeio a repetição, mas adoro uma pessoa de manias, e rituais.
ou seja, não vou falar de outra forma mesmo que de outra forma, odeio a repetição, mas adoro uma pessoa de manias, e rituais.
segunda-feira, 22 de agosto de 2022
uma folha nao cai se nao foi autorizada a fazê-lo e é essa frase em desautoridade, e é mesmo um fluxo das negações e os drenos, o espremer ate se chegar naquilo que é a água de um corpo essencial.
o corpo essencial então a matéria, organismo, contra vontade do resto de tudo: salta.
e agora cada uma dessas falas que precisam tambem de dreno e nao vai sobrar nada, pois.
e agora o sexo.
a autoridade que eu queria fazer derreter depois colher algumas partes para comer, diga-la se faríamos aqui resíduo ou medo.
quarta-feira, 17 de agosto de 2022
domingo, 7 de agosto de 2022
domingo, 24 de julho de 2022
terça-feira, 14 de junho de 2022
me incomoda a incapacidade de medir a distância das coisas no corpo, se eu soubesse sentir a distância do corpo nas coisas, e da geografia e os territórios e as bordas e as margens.
a água deste mar frio, seus olhos e a gente se desaproximando a cada passo em que dela me aproximo.
a margem das nuvens.
preparei minha comida e os sonhos, o calor das noites e minha janela é insegura.
hoje as nuvens impedem o sol de me fazer triste mais um pouco, mas a expectativa, eu não quero falar inglês.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022
quinta-feira, 28 de outubro de 2021
quarta-feira, 20 de outubro de 2021
Assinar:
Postagens (Atom)